A Brucelose bovina pode acometer tanto animais e quanto pode atingir o homem. Mas, o rebanho bovino e bubalinos são os hospedeiros preferenciais da enfermidade. Então, além de ser uma patologia crônica, ou seja, de curso longo é altamente contagiosa.
Ela é uma patologia infecto-contagiosa ocasionada por bactérias do gênero Brucella. Certamente, essa zoonose é responsável por gerar enormes problemas sanitários e diversos prejuízos econômicos para os produtores brasileiros, trataremos sobre eles em seguida.
Custos da brucelose bovina
As perdas econômicas com a enfermidade é maior na pecuária leiteira. Pode-se mensurar, por exemplo, na queda de pelo menos 25% da produção de leite, redução de 15% na produção de bezerros e de carne. Sem contar com as repetições de cio, frequentes em animais com essa enfermidade.
Ainda mais, a condição de soropositivo aumenta o intervalo entre as lactações (devido à infertilidade temporária). Principalmente, a brucelose bovina interfere nos programas de reprodução e na capacidade de exportação para outros países. Por isso, é importante ficar atento às maneiras de transmissão da doença, para deixar seu rebanho longe dela, é sobre isso que trataremos no próximo tópico.
Como ocorre a transmissão?
A bactéria da doença localiza-se no útero, placenta, úbere das fêmeas doentes ou nos testículos de animais infectados. Aliás, qualquer contato via oral ou aerógeno com os bovinos contaminados pela enfermidade pode haver transmissão.
O simples fato de introduzir um animal com a brucelose em um rebanho sadio faz com que a doença possa contaminar seus animais. Portanto, como a principal disseminação do germe é via oral é preciso ficar atento a dois principais fatores:
– Lambedura da genitália de uma fêmea doente por um bovino sadio
– Ingestão de alimentos contaminados com o corrimento uterino, restos da placenta ou abortos
Principais sinais da doença
Dentre os principais sinais da brucelose bovina, podemos destacar:
– Nascimento de bezerros fracos
– Retenção de placenta
– Corrimento vaginal
– Inflamação das articulações e testículos
A patologia também é causadora do aborto após a primeira infecção. No entanto, nas gestações seguintes dos animais infectados, as chances de aborto vão diminuindo e podem até não ocorrer. Entretanto, o animal continua sendo fonte de contaminação, pois ainda elimina constantemente a bactéria por meio da vulva.
Diagnóstico e tratamento
Após a anamnese e análise dos sinais clínicos apresentados pelo animal, os médicos veterinários capacitados utilizam alguns testes laboratoriais realizados por amostras de soro sanguíneos para diagnosticar com precisão a brucelose bovina.
O tratamento passa pela terapia medicamentosa com antibióticos que visem a eliminação da bactéria. Contudo, é importante levar em consideração a questão do sacrifício dos animais já infectados. Como o tratamento não é tão simples, é necessário agir na prevenção da doença é sobre isso que abordaremos em seguida.
Como deixar seu rebanho livre da brucelose bovina?
Assim como quase todas doenças, também é possível adotar medidas simples que deixarão o seu rebanho longe dessa patologia. Dentre as principais, podemos destacar:
– Manter a vacinação do rebanho em dia
– Examinar periodicamente os animais
– Isolamento das fêmeas que abortaram
– Desinfecção do material que teve contato com feto contaminado
– Adquirir animais apenas em plantéis livres da enfermidade
Viu como é fácil preservar seu rebanho da brucelose bovina? Mais do que manter seu rebanho livre dela é necessário que você saiba agir em situações emergenciais e no reconhecimento de doenças. Primordialmente, isso faz com que você salve mais vidas.