O mercado dos suínos anda atípico para o encerramento do ano. Os colaboradores do Cepea relatam que em plena segunda quinzena de outubro, ainda não se vê aquecimento das compras de suínos vivos para a formação de estoques a serem escoados no final do ano.
A explicação para esse comportamento dos frigoríficos decorre da oferta de animais relativamente baixa, tendo em vista que o alto custo da ração no correr deste ano levou muitos produtores a reduzir o plantel em meados de julho, explica os pesquisadores do Cepea.
A redução trouxe como consequência uma oferta menor de animais nos meses seguintes, o que, inclusive, motivou forte recuperação nos preços do suíno vivo entre meados de agosto e de outubro. Se, agora, a demanda se acentuasse para o abastecimento das festas de final do ano, os preços do suíno vivo tenderiam a ter altas ainda maiores.
O consumidor final já recebeu os repasses da valorização recente do animal vivo, como resposta, uma vez que a carne bovina e a de frango se tornaram mais atrativas, as vendas do suíno começam a dar sinais negativo.