Carne suína é saudável

 

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) embora o consumo de carne de porco no Brasil tenha crescido 28,8% nos últimos nove anos em comparação com o aumento mundial, de 87%, ele é considerado pouco expressivo.

Segundo pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da Universidade de São Paulo (USP), as razões para o baixo consumo de carne suína são principalmente a preocupação com a saúde e a boa forma. O estudo, comandado pela administradora Maria Stella B. L. de Melo Saab, revela que o consumidor ainda acredita que o animal transmite muitas doenças e que a carne é mais gordurosa.

Jaqueline Bernardini, nutricionista e consultora em Personal Diet, afirma que “a carne de porco mudou muito nos últimos anos, a começar pela criação do animal. Antes ele comia lavagem, hoje é ração qualificada. Além disso, há um controle de higiene muito maior”. Conforme os especialistas a nova alimentação do porco trouxe à mesa um corte mais magro e mais rico em vitaminas e sais minerais.

 A carne suína está até 50% mais magra do que a 25 anos, de acordo com o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano.

“A carne chega a ter menos colesterol e menos gordura do que alguns cortes de frango, que é uma carne branca”, afirma Jaqueline. “Se compararmos o lombo, uma das partes mais magras da carne suína, com a sobrecoxa de frango, sem dúvida o porco seria o recomendado”.

De acordo com a nutricionista Jaqueline, a cada 100 gramas, o lombo contem seis miligramas de gordura e 103 miligramas de colesterol, enquanto o frango, na mesma quantidade, apresenta 12 miligramas de gordura e 145 miligramas de colesterol.

 A carne de porco comparada com a carne bovina ganha, no entanto em termos de gordura, mas perde ao contabilizar o colesterol. "A alcatra tem 12 gramas de gordura, e a maior parte dela é composta por gordura saturada, aquela que faz mal para a saúde. O colesterol fica em torno de 90 gramas", explica Jaqueline.

Os suínos também vêm ganhando espaço frente aos frangos por conta da polêmica utilização de hormônios de crescimentos nas aves. “Se eu quero evitar ingerir uma carne com hormônio, o porco é uma ótima opção”, garante Daniela Jobst, nutricionista da Clínica Nutri Jobst, em São Paulo.

Os cortes magros são pernil, lombo e paleta e podme ser inseridos na dieta duas ou três vezes por semana, garantindo uma maior variedade alimentar. Os benefícios à saúde são muitos. “Tem principalmente proteína animal e vitaminas do complexo B, que ajudam a ativar o metabolismo, a disposição, a manter o intestino em dia”, diz Jobst. Ela completa: “A vitamina B é essencial para certas funções no nosso corpo, ela atua no sistema imunológico e no sistema circulatório”.

É recomendado sempre consumir a carne suína bem cozida (preparada acima dos 71ºC) e, de preferência, comprar cortes certificados e de origem controlada. A melhoria nas condições de crescimento do animal é um avanço, mas ainda não é garantia de que a carne esteja livre de parasitas.

A nutricionista Daniela Jobst alerta “o cozimento é capaz de matar os parasitas causadores da cisticercose, que também estão presentes na carne bovina e até na salada. É bom dizer que as chances de contaminação são iguais nesses outros alimentos”.

As carnes frescas suínas devem ser consumidas em até três dias e de carne descongelada no mesmo dia, aconselha o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano.

 

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Atualizado em: 8 de outubro de 2018

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