A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma biotecnologia utilizada com o intuito de resolver as dificuldades encontradas no processo de inseminação artificial (IA) convencional, objetiva o controle da ovulação, através de protocolos hormonais que visam sincronizar a onda de crescimento folicular, a fase luteínica e sua regressão e o momento da ovulação. A técnica pode ser utilizada em diversas espécies, como ovinos, caprinos, bovinos e bubalinos.
A utilização da IATF permite inseminar grande número de animais em curto período de tempo, não havendo a necessidade de observação do cio. A utilização da técnica permite observar vários benefícios, sejam eles, diretos ou indiretos.
Os benefícios diretos proporcionados pelo uso da técnica são: aumento do número de vacas prenhes de inseminação artificial; aumento da taxa de prenhez no início da estação de monta; possibilidade de inseminar vacas em anestro com boas taxas de prenhez; boa parte das vacas que não emprenham na IATF passam a ciclar, aumentando a chance de emprenharem dentro da estação de monta; otimização da mão de obra na estação de monta.
Já os benefícios indiretos são caracterizados por: aumento na produção de bezerros bezerros mais pesados por nascerem antecipadamente e por serem melhores geneticamente; diminuição do Intervalo entre partos na fazenda; concentração das parições; diminuição do descarte de vacas vazias ao final da estação; diminuição de gastos com compra de touros para repasse; diminuição do pisoteamento dos piquetes ao redor do curral e da necessidade de reforma dessas pastagens.
Com todas as vantagens observadas pelo uso da técnica, ela se torna economicamente viável. Os custos na aplicação da técnica caíram nos últimos anos e a relação custo/benefício se tornou muito positiva.