A parada cardiorrespiratória em pequenos animais, também conhecida pela sigla (PCR) é uma das emergências de maior importância no atendimento clínico veterinário. Visto que, por ser de acontecimento repentino, precisa do atendimento correto, caso contrário, pode levar o animal ao óbito.
A PCR acontece por diferentes formas, tanto em casos em que já há uma evolução natural de piora de um estado anterior, ou em função de uma doença pré-existente. Ou, também, por acidente.
Sem dúvidas, a parada cardiorrespiratória é uma das condições que se exige um preparo e conhecimento prévio do médico veterinário. Pois, a condição deve ser atendida na sala de emergência com a maior agilidade possível. Dessa forma, aumentam as chances de sobrevivência do gato ou cachorro acometido pela enfermidade.
Em um caso de emergência em pequenos animais não há tempo para dúvidas, é preciso seguir os protocolos de atendimento. Se o paciente não receber um tratamento adequado nos primeiros instantes de sua entrada na clínica ou hospital veterinário, pode vir a óbito em pouco tempo.
Para que você possa entender um pouco mais sobre o assunto, preparamos esse artigo com algumas informações importantes sobre o assunto. Confira!
O que é uma parada cardiorrespiratória em pequenos animais?
A parada cardiorrespiratória em pequenos animais consiste numa cessação súbita da ventilação funcional e do bombeamento sanguíneo pelo coração. Os pacientes acometidos por essa condição podem apresentar:
- isquemia em diversos órgãos;
- fluxo sanguíneo interrompido;
- exaustão da energia celular armazenada;
- interrupção da distribuição de oxigênio para os tecidos;
- despolarização celular e comprometimento da função orgânica.
Quando a falta do funcionamento cardiocirculatório e respiratório (PCR) se instala no animal, é preciso que sejam realizadas algumas manobras de reanimação no cardiopulmonar. Desse modo, para que, se recupere a circulação sanguínea do paciente sem que o organismo sofra as consequências pela falta de oxigênio, todas essas manobras são essenciais. Mas, é importante ressaltar que tais ações só devem ser feitas por um médico veterinário com o conhecimento prático do assunto.
Além de condições pré-existentes, algumas situações podem deixar os animais mais suscetíveis a ter uma parada cardiorrespiratória. Além da obstrução respiratória, ainda podemos citar:
- afogamento;
- processos alérgicos;
- queimaduras extensas;
- traumas causados por quedas e atropelamentos.
Quais os sinais perceptíveis?
O diagnóstico da parada cardiorrespiratória deve ser breve, de preferência em até 10 segundos após ocorrer. Pois, o músculo cardíaco é muito sensível à ausência do oxigênio, ocorrendo como consequência hipóxia e acidose. Pacientes neste estado podem apresentar:
- perda rápida da consciência;
- mucosas pálidas ou cianóticas;
- espasmos agônicos ou ausência de movimento respiratório.
Com a evolução da parada cardiorrespiratória, as pupilas ficam dilatadas (midríase) e fixas de 30 a 45 segundos depois da ocorrência. E mais, ocorrem também a perda do tônus muscular e pulso palpável. Além disso, os batimentos cardíacos podem cair bruscamente.
Procedimentos em caso de parada cardiorrespiratória em pequenos animais
Imediatamente após o reconhecimento de uma parada respiratória, deve-se realizar a ventilação assistida com oxigênio visando restabelecer a oxigenação dos tecidos e evitar a parada cardíaca. Além disso, algumas alterações precedem essa condição e podem ser facilmente identificadas durante o monitoramento do paciente. Desta forma, se torna possível a realização de manobras preventivas de um quadro ainda mais grave.
É essencial, para a garantia do suporte a vida do paciente, o monitoramento dos parâmetros vitais de frequência cardíaca e respiratória. Entre os principais, podemos citar: tempo de preenchimento capilar, temperatura, pressão arterial e grau de dor durante qualquer procedimento cirúrgico-anestésico.
Tratamentos possíveis para parada cardiorrespiratória
O tratamento essencial é providenciar ventilação e circulação artificiais até que se restabeleça a respiração normal pelo paciente. Nesse sentido, os procedimentos que podem ser utilizados para o tratamento são:
- suporte ventilatório;
- administração de fármacos;
- compressões torácicas-cardíacas;
- administração do choque na fibrilação ventricular.
Já em alguns casos especiais, como por exemplo, animais com obesidade mórbida, com tórax profundo e pneumotórax, existe a indicação do procedimento de massagem cardíaca interna. Ela consiste na abertura do tórax do paciente para a compressão manual interna do coração. Por certo, tal procedimento só deve ser executado por um médico veterinário especializado e dentro de um ambiente cirúrgico. Uma vez que, tais cuidados evitam complicações infecciosa posteriores.
É importante lembrar que na emergência em pequenos animais não há margem para improvisos. Isto é, o médico veterinário que deseja atuar nessa área, precisa ser um profissional competente e com conhecimento prático. Visto que, se ele tiver em suas mãos equipamentos, profissionais de apoio e o mais importante, conhecimento para atuar, com certeza salvará muitas vidas.
E você, médico veterinário, está preparado para atuar na área de emergência em pequenos animais com segurança? A maioria têm uma certa insegurança, uns preferem deixar isso acontecer sempre e outros procuram uma solução para esquecer de vez este receio.
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Fontes: Livro Emergências em Pequenos Animais: Condutas Clínicas e Cirúrgicas no Paciente Grave e Blog Cachorro Gato