O câncer de mama em cadelas é um dos principais tipos de tumores que atingem o mundo canino. Por isso, cada vez mais aumenta o interesse no assunto de pessoas envolvidas em pesquisas e estudos para buscar alternativas para a prevenção da enfermidade. Nem sempre a doença é grave, mesmo assim é necessário conhecer sobre ela.
Ao contrário do que muitos pensam, o problema não é exclusivo das fêmeas, pode atingir também machos, mas em uma porcentagem menor. Porém, as cadelas, em especial idosas são as mais propensas a desenvolverem a enfermidade.
O câncer de mama em cadelas é mais comum, do que nas mulheres. Isto é, para você entender como a sua incidência é realmente muito alta. Mas, a boa notícia é que nem todo tumor na região das mamas é maligno.
Quer ficar por dentro dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da enfermidade e aprender a identificar os sinais dessa temia doença? Então, acompanhe a leitura até o final.
Antes de tudo, como o câncer de mama em cadelas acontece?
Existe uma forte influência dos medicamentos hormonais, principalmente anticoncepcionais, com a incidência do câncer. É justamente por isso que atualmente esse tipo de medicação é altamente contra indicada tanto para cães quanto para gatos.
Ao contrário de outros tipos de tumores, o câncer de mama não conta com um raça pré-determinada específica que tenham maior propensão para ser atingida pela doença. Ou seja, todos os animais estão suscetíveis a serem acometidos pela enfermidade. Entretanto, quanto mais velho for o cachorro maiores são as chances do desenvolvimento do problema em questão.
Outro fator relacionado ao surgimento da doença é o peso da cadela. Já que, fêmeas que estiveram com o peso ideal durante sua vida têm menores chances de apresentar a doença. Mas, as que antes dos dois anos tiveram sobrepeso, têm tumores com maiores propensões ao desenvolvimento da enfermidade.
Principais sinais
As mudanças comportamentais como por exemplo, tristeza, falta de apetite, vômitos e febres são as primeiras a serem detectadas pelos tutores. Mas, caso o tumor seja maligno pode se desenvolver de forma assintomática, não causando nenhum tipo de alterações físicas ou comportamentais evidentes de forma imediata.
Assim como em qualquer outro, o câncer de mama em cadelas, quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de recuperação. Por isso, é importante que o animal seja observado constantemente pelo tutor e tenha um acompanhamento periódico com o médico veterinário. Pois, alguns sinais do problema são apenas detectáveis no estágio avançado da doença, são eles:
- caroços;
- inchaço ou dilatação local;
- dores na região das mamas;
- secreção nas mamas com um odor desagradável.
Diagnóstico e tratamento
Pelo fato dos sinais do câncer de mama em cadelas aparecerem tardiamente, o diagnóstico para identificar o problema deve ser feito com exames clínicos na região mamária. Após a suspeita da doença, o médico veterinário deve solicitar ultrassonografia de abdome, tomografia computadorizada ou radiografias para se certificar da extensão do problema. E mais, também podem ser solicitados exames de citologia aspirativa do nódulo. Que consiste em basicamente coletar uma amostra do tumor.
Após a análise dos resultados, caso o tumor maligno seja confirmado serão necessários novos exames e biópsia. Isto é, para descobrir em qual é o estágio da doença e definição de um melhor tratamento.
Em relação ao tratamento, a primeira opção é cirúrgico. Retira-se o tumor, a mama além de realizar a castração para retirada do útero do animal. E mais, caso a doença esteja em uma fase avançada ainda é realizada a quimioterapia canina para prevenir a reincidência do problema e a metástase.
Quando a metástase ocorre, infelizmente, as chances de cura por completo do tratamento são baixíssimas. Nesses casos, o tratamento consiste na administração de medicamentos paliativos com o intuito de aliviar os sinais decorrentes do tumor.
Prevenção do câncer de mama em cadelas
A castração antes do primeiro cio do animal é a melhor forma de prevenção. Ela transforma o risco do câncer quase em nulo, apenas 0,05% de probabilidade de desenvolver a doença. O risco do desenvolvimento do problema aumenta conforme os cios vão chegando. Assim sendo, 8% depois do primeiro cio indo para 26% após o segundo, pois os cio chegam e a produção dos hormônios vão aumentando e os riscos os acompanham.
Além disso, é fundamental o acompanhamento periódico do pet por uma clínica veterinária. Pois, o médico veterinário pode identificar qualquer alteração de saúde desde o início, proporcionando uma qualidade de vida bem melhor ao animal.
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