A monitoração anestésica veterinária é uma etapa essencial de toda intervenção cirúrgica pelas quais passam os animais. Até mesmo em procedimentos mais simples, em que há aplicação apenas de anestesia local, é preciso que o anestesista fique de olho em alguns parâmetros vitais do organismo do paciente.
Assim, não há dúvidas de que a monitoração anestésica veterinária seja fundamental para o sucesso de procedimento como um todo. Por isso, deve ser realizada independente do protocolo anestésico adotado ou intervenção realizada.
Com o avanço da anestesiologia veterinária, foi conquistada uma maior margem de segurança permitindo a identificação de eventuais alterações fisiológicas capazes de comprometer a vida do animal.
Vale lembrar que durante a monitoração é essencial que se saiba fazer uma correta avaliação da oxigenação tecidual, da circulação, da função cardíaca, da ventilação e da temperatura, identificando e registrando todas as alterações fisiológicas do paciente.
Os anestésicos interferem na função cardiorrespiratória e neuronal portanto, os sinais físicos correspondentes a essas funções devem ser priorizados quando se está monitorando o paciente anestesiado.
E você, quer saber quais parâmetros devem ser observados durante a monitoração anestésica veterinária? Continue a leitura!
A importância da monitoração anestésica
Durante a realização da anestesia em procedimentos realizados os medicamentos utilizados para suprimir a sensibilidade à dor podem causar uma série de efeitos. Desse modo, os riscos anestésicos mais comuns são:
- diminuição da pressão arterial;
- ventilação insuficiente com diminuição da oxigenação sanguínea;
- hipotermia, em especial em animais mais pequenos e cirurgias prolongadas;
- arritmias;
- anafilaxia;
- paragem cardiopulmonar.
Como evitar acidentes anestésicos?
Para fugir do risco de anestesia em cães e evitar acidentes é preciso ter atenção a alguns pontos. Assim, a monitorização de todos os parâmetros vitais pelo médico veterinário anestesista é obrigatório. Portanto, os seguintes sinais precisam estar em constante monitoração:
- temperatura;
- planos anestésicos;
- pressão arterial;
- atividade elétrica do coração;
- PVC (pressão venosa central)
Mais do que isso, é essencial que o anestesia tenha discutido com o profissional responsável pelo procedimento sobre o plano cirúrgico e possíveis complicações dependendo da classificação de risco do animal a partir da avaliação pré-anestésica.
Confira mais detalhes sobre temperatura, planos anestésicos e outros parâmetros importantes a seguir!
Temperatura
Em primeiro lugar, a hipotermia é considerada uma das principais complicações no período pré, trans e pós-operatório. Essa situação pode levar ainda a outras complicações do organismo como arritmias, aumento do consumo de oxigênio, aumento do tempo de recuperação, bradicardia e queda de pressão arterial.
Caso a temperatura caia muito durante a intervenção, o animal ainda pode desenvolver insuficiência renal aguda e acidose metabólica devido a formação de ácidos láticos. E uma série de outros problemas que podem inclusive levar o animal à morte.
Na monitoração anestésica veterinária, a temperatura é acompanhada por termômetros posicionados no esofâgo do paciente e outro no reto do animal para determinar a temperatura retal.
Planos anestésicos
A anestesia geral pode produzir uma depressão do sistema nervoso central. Essa situação se caracteriza por sinais físicos e clínicos que podem ser utilizados pelo anestesista como fonte de informação e monitoração anestésica veterinária. Uma vez que tais sinais irão fornecer informações sobre o grau de profundidade anestésica.
Nesse caso, a monitoração é fundamental para a condução segura do procedimento no qual o anestesista precisa ficar atento aos sinais físicos da profundidade anestésica e intervir antes que o paciente passe a um grau tal de depressão que comprometa suas funções fisiológicas.
Então, para pode avaliar o plano anestésico e a profundidade anestésica do animal é utilizado o critério mais adequado. É importante lembrar que o veterinário que anestesia o animal deve estar durante todo procedimento verificando e submeter o animal no plano anestésico que julgar mais indicado para cada situação.
Outros sinais vitais na monitoração anestésica veterinária
- Pressão arterial: permite avaliar o plano anestésico, sendo um indicador precoce da função cardiovascular;
- Eletrocardiograma: monitora a atividade elétrica do coração, detectando arritmias, distúrbios eletrolíticos e isquemias.
- PVC (pressão venosa central): parâmetro fundamental em cirurgias com grandes variações de volemia, ou quando são administrados grandes volumes de soluções (cristalóides, colóides, sangue, plasma);
- Oximetria: método não invasivo que permite avaliar a saturação de oxigênio arterial, com o objetivo de identificar episódios hipoxêmicos.
- Capnografia: método não invasivo para mensuração da concentração alveolar de Dióxido de Carbono, permitindo a avaliação da capacidade ventilatória do paciente;
- Lactato sérico: avalia o grau de perfusão tecidual do paciente.
Saber fazer uma monitoração anestésica veterinária exige cuidado e conhecimento profundo sobre a anatomia do animal. Isso porque, qualquer desequilíbrio em um dos parâmetros vitais pode levar a sérias complicações a segurança e a vida do animal.
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Fonte: Portal Educação