O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mantém ações de prevenção continuada em todas as regiões do País com o objetivo de manter a classificação do Brasil como região de risco insignificante em relação à doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB), anunciada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) no início deste ano.
A fiscalização tem como um dos alvos principais a vigilância e o monitoramento do uso de proteína animal na alimentação dos ruminantes. Por isso, quando é identificada a presença de subprodutos de origem animal nos alimentos fornecidos aos rebanhos, a orientação é para que esses bovinos sejam abatidos em frigoríficos que tenham inspeção oficial.
Foi o que ocorreu no Estado do Mato Grosso onde 27 animais deverão ser abatidos de forma preventiva por terem utilizados alimentação proibida pelo órgão oficial, conhecida como cama de aviário. Foram realizados exames e confirmados na dieta desses bovinos o uso do composto.
A cama de aviários, como é denominada, é na realidade a forração do chão ou piso do galpão de alojamento das aves. Sua principal finalidade é promover a proteção dos pés, manter o conforto térmico e servir como absorvente dos dejetos. Os insumos mais utilizados para as camas de aviários são a maravalha (cepilho de madeira) e a casca de arroz. Ao longo do período de alojamento das aves, a cama sofre adição de dejetos, restos de ração, penas e insetos sendo estes os ingredientes da cama de aviários.
Enio Marques, secretário de Defesa Agropecuária, explica que o procedimento que culmina com a retirada dos animais que tiveram contato com esse tipo de alimentação é cumprido para atender as exigências internacionais. “É uma forma de proteger o rebanho da possibilidade de doenças transmitidas por alimentos contaminados”, salientou Marques.