Na pecuária de corte, a nutrição é um dos elementos essenciais para o manejo. Além de sua influência decisiva na produção e reprodução, demanda um grande investimento de tempo e recursos. Por essas razões, planejar a alimentação para gado de corte para o aumento da produtividade, sem aumentar os custos, é um grande desafio.
Primeiramente, é preciso ter em mente que cada etapa da vida do animal, exige determinados cuidados e nutrientes. Normalmente a nutrição para bovinos de corte é feita a partir de pastagens e a suplementação de vitaminas e sais minerais. O problema é que nem sempre as condições climáticas são adequadas para o desenvolvimento de pastagens. Nessa situação, é preciso adotar o manejo racional.
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Se você ficou na dúvida sobre esse assunto, fique tranquilo! Neste artigo vamos falar sobre como deve ser alimentação para gado de corte em cada etapa da sua vida, do nascimento a terminação. Confira!
Alimentação para gado de corte
Os bovinos destinados à pecuária de corte demandam uma alimentação focada na eficiência máxima do ganho muscular. Deve-se levar em conta o tempo para atingir o peso adequado e os custos envolvidos na produção.
Elementos como proteínas, gordura, açúcares, minerais, vitaminas e água, precisam fazer parte da dieta do animal. Eles devem obedecer a proporção correta de acordo com a categoria e idade do animal.
É bom lembrar que, para que haja o aproveitamento máximo de todos esses nutrientes, é preciso ter conhecimento em nutrição animal. Afinal, para ter os melhores resultados, é fundamental saber as características dos alimentos mais utilizados e o balanceamento de uma dieta. Além disso, é bom saber avaliar o desempenho e procurar caminhos para aumentar a performance.
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Principais exigências nutricionais em cada fase
Os bovinos de corte, basicamente passam por 3 etapas até que estejam prontos para comercialização e abate: cria, recria e engorda. E, para cada uma dessas fases, existe uma recomendação nutricional. Para entender um pouco mais sobre esse assunto, continue a leitura!
Cria
Desde quando o bezerro nasce, até o momento do desmame, o leite é o alimento básico. No entanto, de acordo com as demandas do animal como peso e previsão de desmame, algumas formas de suplementação de vitaminas e sais minerais são bem-vindas.
No momento que se iniciar a fase de transição para a alimentação sólida, deve-se oferecer compostos ricos em nutrientes. Assim, o animal mantem o desenvolvimento e se adapta para a mudança que se iniciará.
Recria
A fase da recria se inicia a partir do desmame do bezerro até que ele atinja a idade adulta. Nos primeiros dias, deve-se introduzir os alimentos gradativamente, até que o animal se habitue com a nova alimentação. Após esse período, as principais fontes de nutrientes e base da alimentação do bovino são as pastagens, a mistura mineral e água.
O problema é que, justamente no período em que normalmente o bezerro inicia o desmame, há baixa ocorrência de chuvas. Em virtude de disso, o gado pode ter seu manejo alimentar afetado, levando à perda de peso. Portanto, a suplementação é uma alternativa para manter o ganho muscular, mesmo nos períodos de declínio da qualidade do pasto.
Engorda e terminação
Por fim, a fase da engorda e da terminação é o momento em que os animais alcançam seu desenvolvimento máximo. A etapa começa quando o bovino atinge cerca de 300 kg de peso vivo. Além disso, sua estrutura corporal deve estar bem desenvolvida.
Quando os novilhos alcançam essas condições, eles precisarão aumentar a musculatura e a gordura depositada. Com isso, o objetivo é alcançar em média 450 kg de peso vivo. Aqui existem duas possibilidades: aproveitar ao máximo a pastagem no período chuvoso (quando alcançam maior qualidade) e suplementar no período de seca. Ou confinar os animais durante a seca, para que recebam a dieta balanceada diretamente no cocho.
Manejo racional
Para evitar desequilíbrios na alimentação para gado de corte e perda de peso em decorrência das mudanças ao longo do ano, a saída é adotar o manejo racional. Assim sendo, a técnica consiste em mesclar períodos com maior oferta de pastagem e maior oferta de ração e suplementos. A seguir, conheça mais detalhes sobre cada uma dessas etapas!
Pastagem
Em primeiro lugar, as pastagens são a principal fonte de alimentação para gado de corte. Isso ocorre principalmente no Brasil em que as condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento das forrageiras. Entretanto, no país, há duas estações bem claras no que diz respeito ao crescimento da pastagem: o período chuvoso, no qual as pastagens têm um crescimento mais rápido. E o período de seca, momento em que as forrageiras apresentam o crescimento baixo ou quase nulo.
Por essa razão, na época do ano correspondente à maior ocorrência de chuvas, as pastagens apresentam alta qualidade, oferecendo os nutrientes adequados para o desenvolvimento do gado. Nesse período a necessidade de suplementação e adição de ração na alimentação é menor. Essa é a melhor hora para iniciar o manejo de pastagens e adotar a técnica do manejo rotacionado.
Suplementação
Já no período de seca, em que as forrageiras apresentam baixo valor nutricional (sobretudo baixos níveis de proteínas) é necessária a suplementação. Caso contrário, o bovino poderá perder peso e gerar um atraso no cronograma para o abate.
De uma forma geral, o objetivo de suplementar a alimentação para o gado de corte é fornecer as proteínas, minerais, carboidratos e vitaminas. Esses nutrientes são fundamentais para o desenvolvimento do animal em períodos de seca.
Os animais também podem ser suplementados com volumosos , principalmente porque na época de escassez de pastagem, eles precisam ter acesso regular às fibras. Desse modo, pode se recorrer a silagem feita de outras plantas forrageiras, garantindo um funcionamento gastrointestinal e ganho de peso normal.
Outra alternativa é manter os bovinos confinados ou semiconfinados, uma vez que nesses sistemas eles têm maior acesso à concentrados e volumosos ricos em nutrientes.
Viu só? Em resumo, a alimentação para o gado de corte envolve uma série de técnicas e conhecimentos específicos. Assim, fazendo o manejo adequado, certamente o ganho de peso será mais eficiente e lucrativo.
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Fonte: Embrapa, Portal Agropecuário