A anestesia epidural em cães é um dos tipos usados em diferentes cirurgias. Contudo, vale ponderar que há um anestésico específico para cada intervenção variando conforme o tempo do procedimento e a idade do animal. Essas especificidades devem ser consideradas durante as avaliações médicas.
A epidural é aplicada na dura-máter e atinge os nervos da espinha e suas bases motoras e sensitivas, por isso é eficaz em cirurgias nos membros pélvicos, intestinos, em partos, em castrações, entre outras aplicabilidades.
Continue a leitura deste texto e saiba as indicações para o uso, as ações no organismo animal e distúrbios que podem acontecer.
Prescrições
As indicações para cada categoria de anestésico diferem com o procedimento e o estado de saúde do cão. Contudo, em comparação com a anestesia geral, a epidural têm menores taxas de estresse durante a cirurgia e é, sobretudo, segura para animais com quadros graves ou que são mais velhos. Ela reduz problemas de ordem bioquímica e fisiológica no organismo dos cães.
Outro destaque se dá ao baixo custo de uso e simplicidade para aplicação, necessitando, claro, de técnicas e deve ser feita somente por profissionais treinados para essa função. A ação da anestesia epidural em cães causa ausência de reflexões dos membros inferiores e reflexos do ânus. Esse anestésico, portanto, causa bloqueio local.
Possíveis complicações do uso da anestesia epidural em cães
Embora seja uma das anestesias com melhor eficácia e segurança, há possíveis complicações em seu uso que devem ser levadas em consideração durante os diagnósticos. Para evitar adversidades, é crucial uma avaliação detalhada pré-anestesia, ou seja, através de um conjunto de exames é possível investigar a saúde animal e verificar se todos os critérios necessários estão adequados para realização da cirurgia.
Aferir a temperatura, pressão arterial e a venosa central, saber como é a atividade do coração são alguns dos passos cruciais de serem realizados, bem como o médico veterinário deve avaliar eventuais complicações que podem surgir durante o procedimento em virtude da saúde do animal, sua idade e questões fisiológicas e bioquímicas.
A anestesia epidural em cães apresenta pequenas taxas de morte do feto, baixas possibilidades de depressão em recém-nascidos e para a mãe, além de possibilitar rápida recuperação para tomar conta de sua cria.
Quando acontece complicações pelo uso da anestesia epidural em cães gerando bloqueios neuroaxiais, os sinais clínicos variam entre cefaléia, paradas cardiorrespiratórias até a morte do animal. Se atingir determinados nervos podem acontecer incapacidade de esvaziar a bexiga completamente ou parcialmente, vasodilatação periférica, imobilidade nos membros pélvicos e queda na pressão. Quando atinge porções das espinhas cervicais pode ocorrer baixa ventilação e até suspensão da respiração.
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Fontes: Ricardo Edney de Araujo Pereira – Monografia (UFCG); Louise Pereira Mortate (UFG); Revista Científica de Medicina (FAMED/FAEF).