O controle de umidade do solo está diretamente relacionado com o desenvolvimento correto das plantas, visto que a quantidade de água disponível na terra varia conforme o período do ano e interfere no crescimento sadio das culturas. Por isso, é fundamental regular a umidade de modo a favorecer a manutenção e o fortalecimento vegetal.
O descontrole, seja por falta ou excesso de água, é prejudicial ao solo, pois desregula os níveis de nutrientes presentes na terra, reduz a quantidade de oxigênio disponível, além de que prejudica a regulação da temperatura da planta. Importante destacar que os volumes de chuva, o tipo de plantação e a temperatura do ar influenciam a umidade do solo.
Siga a leitura deste artigo e entenda as razões para fazer o controle de umidade do solo, assim como os métodos e as possibilidades para condução desse procedimento da melhor forma na propriedade.
Importância do controle da umidade do solo
Ter controle da umidade do solo é essencial para a lucratividade da propriedade e redução de gastos com correções de problemas. Para tanto, o controle pode ser realizado de modo direto ou indireto.
Uma das formas possíveis de investigar a quantidade de água presente no solo é utilizando uma amostragem do solo. A partir da coleta, usam-se técnicas de evaporação, lavagem e de reação química. Esse procedimento consiste no método direto.
Outra maneira possível é avaliar as características do solo e de objetos presentes nele. Assim, o método indireto é fundamentado nesses preceitos, sendo o tensiômetro, equipamento mais conhecido no setor, empregado para tal finalidade. Contudo, esse aparato já é considerado antiquado frente às novas tecnologias disponíveis.
A seguir, conheça os métodos para a leitura da umidade e as possibilidades que se adéquam a sua realidade na agropecuária. Lembre-se que o manejo adequado é essencial para a alta produção.
Como fazer o controle de umidade do solo?
Como apresentado, o tensiômetro é o mais empregado e consiste na medição da tensão da água, também chamado de potencial mátrico do solo. Os modelos variam entre mercúrio, punção e vacuômetro. O princípio de funcionamento é semelhante à raiz de um vegetal e, por isso, consegue-se saber os níveis de água. Quanto mais força o equipamento faz, maior é a tensão e menos água há ali. E vice-versa. Porém, o tensiômetro exige constante manutenção, além de exigir leitura manual todos os dias, o que exige capacitação para seu uso e gasto de tempo.
Há outras possibilidades para realizar o controle de umidade do solo. Veja os métodos:
Sensores de condutividade térmica
Por meio de sensores, essa técnica consegue medir a variação da tensão da água. Ou seja, a técnica observa a condutividade térmica de cápsulas porosas conforme a quantidade de água presente.
A calibragem da cápsula porosa precisa ser feita uma a uma. O resultado mostra que a correlação entre tensão de água e diferença de temperatura cresce à medida que o solo seca.
Elétrico
O método elétrico apresenta a resistência, a condução elétrica, a indutância e a capacidade do solo. Trata-se de um equipamento barato e com fácil instalação. O elétrico ainda tem uma faixa de resposta que varia de 50 a 1500 kPa.
Óptico
O sensoriamento óptico trabalha com o cálculo da diferença entre as quantidades de luzes refletidas na superfície. Desse modo, regiões molhadas refletem menor quantidade de luz, e vice-versa. Esse procedimento utiliza satélite para estimar a umidade.
Sensores de leitura automática
Outra forma de fazer o controle de umidade do solo é por sensores de leitura automática. Eles são usados para medir os valores de umidade do solo de alta frequência, de modo que o progresso do comportamento da umidade do solo é detalhado e a influência das oscilações de temperatura durante o dia e a noite possam ser avaliada. Os equipamentos usados têm tamanho pequeno, a instalação é feita rapidamente, bem como a manutenção custa pouco.
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Fontes: Revista Agropecuária; Earth Observing System; Labstore; Udesc; Agrosmart; Robocore.