A oncologia veterinária é a principal esperança para os animais com câncer ou neoplasia. Semelhantemente, como acontece com humanos o universo animal também sofre com o problema de modo frequente. Então, acaba sendo necessária a atuação de profissionais especializados para cuidar dos pets acometidos.
Atualmente, o câncer é um dos principais motivos para o óbito de animais de pequeno porte. Dessa forma, é preciso ficar atento aos fatores que podem ocasionar a doença, são eles:
- idade avançada;
- diversa mutações;
- exposição do pet ao sol ou produtos químicos;
- animais com infecções virais de diferentes naturezas.
Mesmo que existam diversos fatores que podem desencadear o surgimento de câncer em pequenos animais, em grande parte dos casos os motivos do aparecimento desse tipo de complicação são genéticos e ocorrem ao longo da vida do animal.
Como os profissionais da oncologia veterinária atuam?
O oncologista veterinário é o responsável pelo tratamento do câncer nos pets. Certamente, devido a grande incidência desse tipo de problema nos animais a especialidade tem ganhado grande importância. Por isso, ela é cada vez mais escolhida entre os médicos veterinários.
Quem decidir atuar em oncologia veterinária, além de diagnosticar e tratar os animais também será responsável por buscar soluções mais eficientes, simples e ágeis para minimizar os sinais da doença.
Existem mais de 100 tipos de câncer, todos atingem os pets e humanos da mesma forma. Confira no próximo tópico os principais.
Tipos de câncer mais comuns
Quando uma célula sofre mutação, essa mutação se torna uma célula doente que através da metástase se multiplica atrapalhando o funcionamento sadio do corpo do animal de diversas formas.
Entre os principais tipos de câncer em pequenos animais, podemos destacar:
Câncer de mama: trata-se de caroço nas glândulas mamárias, ele é muito comum em fêmeas não castradas ou que passaram por esse procedimento tardiamente.
Tumores cutâneos: animais despigmentados sofrem mais com esse tipo de câncer, ele é desencadeado em função da exposição frequente a luz solar e se manifesta internamente ou na pele do pet.
Hematopoiéticos: atingem as células formadoras de tecido sanguíneo, ele pode ocasionar linfomas e leucemias nos animais.
Câncer de pele: É desencadeado em função da excessiva exposição ao sol e outros fatores.
Ainda existem dezenas de tipos de câncer, sendo que cabe a você, veterinário oncologista, indicar o melhor tipo de tratamento, falaremos sobre isso no próximo tópico.
Como o diagnóstico é realizado?
Assim como você viu anteriormente, cada tipo de câncer se manifesta de maneira diferente no corpo do animal. Então, é preciso ficar atento aos principais sinais da enfermidade que são
- apatia;
- manchas;
- nódulos;
- perda de peso;
- vômitos e diarreia;
- aumento da massa abdominal;
- urina e/ou fezes com a presença de sangue;
Caso o animal apresente qualquer um destes sinais é importantíssimo encaminhá-lo a um profissional especializado em oncologia veterinária para que sejam realizados os exames corretos afim de detectar com precisão a gravidade da enfermidade. Já que, quanto antes a o câncer for identificado maiores são as chances de cura proporcionado pelo tratamento.
Geralmente, os exames sanguíneos e clínicos são solicitados para a confirmação do problema. Mas, não podemos deixar de destacar a importância do diagnóstico por imagem que é um excelente aliado para a oncologia veterinária. Só para exemplificar, o ultrassom permite a localização exata do tumor e seu desenvolvimento como um todo.
Principais tratamentos utilizados
O método mais empregado ao se descobrir um tumor é a cirurgia. Decerto, ela é a mais rápida para resolver o problema, o veterinário que atua na área da oncologia veterinária tem um papel fundamental para executar essa etapa. Porém, em alguns casos que não permitem cirurgias, outros tratamentos são instituídos.
Confira os principais:
Quimioterapia: é um tratamento complementar de controle ao câncer que pode se espalhar para outras partes do corpo do animal. Aliás, nesse tratamento são utilizadas as mesmas drogas usadas em humanos, porém em doses menores. Isso permite que o pet possa levar uma vida quase normal, geralmente sem sofrimento.
Mesmo que seja menos agressiva, do que a realizada em humanos, os animais submetidos ao tratamento quimioterápicos podem apresentar alguns sinais como:
- náuseas;
- vômitos;
- diarreia;
- anemia;
- queda de pelos.
Radioterapia: é utilizada para controlar o tumor e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. Entretanto, na maioria das vezes não é suficiente para curar o animal. Como os pets apresentam uma boa tolerância ao método seu uso está se expandindo.
Eletroquimioterapia: é um tratamento novo empregado tanto em humanos quanto em pets, uma combinação do medicamento quimioterápico em associação a aplicação de um campo elétrico específico.
Imunoterapia: mais utilizada em pacientes com melanoma, os medicamentos utilizados nesse método atuam em certas vias específicas das células tumorais as matando.
Assim como muitas doenças, quando tratado inicialmente o câncer pode sim ter cura. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante, exames de imagem são fundamentais. Afinal, você, médico veterinário, têm um papel fundamental e pode ser o profissional determinante para salvar vidas, veja como:
Ultrassonografia em Pequenos Animais
Cirurgias em Pequenos Animais
Fonte: Cachorro Gato e Revista Veterinária