Os futuros de soja, milho e trigo – as commodities agrícolas mais negociadas do planeta – confirmaram as expectativas e encerraram julho com fortes quedas e cotações médias mensais inferiores às de junho na Bolsa de Chicago, de acordo com cálculos do Valor Data baseados nos contratos de segunda posição de entrega, normalmente os que apresentam maior liquidez. Após iniciarem julho em alta e permanecerem assim nas primeiras sessões do mês, os preços perderam parte do suporte em meio às reações à turbulência de bancos centrais de diversos países. As reações fortaleceram previsões de contenção da demanda global e "devolveram" fundos de investimentos a aplicações que perderam terreno para as commodities nos últimos dois anos, para cobrir posições ou em busca de maior segurança. Com isso, segundo o banco UBS AG, na semana passada os fundos de índices retiraram US$ 1,76 bilhão dos mercados de futuros agrícolas. Foi a quinta semana seguida de redução de apostas, que estava no início quando os grãos ainda subiam no começo de julho – a soja atingiu sua máxima histórica em Chicago no dia 7.