A Luxação de patela em cães é um problema bastante frequente no dia a dia do atendimento clínico veterinário. A enfermidade prejudica muito a mobilidade e causa muita dor ao animal. Ela pode ser causada por problemas genéticos, obesidade ou em sua maior parte por traumas. Por ser tão comum, é preciso ficar atento nas formas de prevenção da enfermidade e na melhor maneira de melhorar a qualidade de vida dos cães acometidos.
Conhecida também como rótula, a patela é o osso do joelho do animal que tem o alinhamento com o músculo quadríceps (no quadril). Sua função principal é segurar boa parte da estrutura óssea. Quando o problema acontece, há o desencaixe das articulações da região do joelho do animal acometido.
Quando acontece o deslocamento, que pode ocorrer tanto na parte externa da perna (lateral), tanto na parte interna (medial). Inegavelmente, ambos causam muita dor ao animal que necessita de assistência veterinária o mais breve possível.
Raças mais atingidas pela luxação de patela em cães
Na maioria dos casos, a luxação de patela em cães acomete animais de pequeno porte. Mas, também pode afetar cachorros grandes quando o problema é origem genética. Em gatos o problema ocorre geralmente em função da obesidade ou quando o felino é bastante ativo, saltos ou quedas que podem causar algum tipo de trauma na região patelar.
As raças pequenas mais predispostas a serem acometidas por esse problema são:
- Poodle
- Yorkshire
- Shih Tzu
- Dachshund
- Pequinês
- Lhasa Apso
- Lulu da Pomerânia
- Chihuahua
- Bichon Frisé
- Pug
Já em cães de grande porte, o peso é fator determinante para o desenvolvimento da doença. Ainda mais, a enfermidade é mais frequente no Cocker Spaniel, Labrador Retriever, Bulldog Inglês e no Golden Retriever.
Graus da luxação
A luxação de patela em cães tem cinco níveis diferentes de gravidade e atinge cada paciente de uma forma diferente. Então, os graus são:
Grau 1: A patela sai do lugar com ajuda do médico veterinário e quando ele a solta ela volta ao seu lugar imediatamente.
Grau 2: Neste caso a patela sai sozinha do lugar e retorna para seu lugar correto sem necessidade de ajuda.
Grau 3: A patela sai do lugar sozinha e só volta com ajuda do médico veterinário ou até mesmo do próprio animal, que costuma esticar a pata para colocar ela novamente no lugar.
Grau 4: Nesta fase, a patela do anima trava fora do sulco patelar e nem o cão nem o veterinário conseguem colocá-la em sua posição original. Inegavelmente, o procedimento cirúrgico é a única alternativa para corrigir a situação.
Principais sinais
Nem sempre os animais acometidos por essa complicação deixam sinais evidentes. Porém, há uma série de sintomas e alterações que costumam aparecer nos pets que sofrem com a enfermidade. Assim, podemos destacar os sinais:
- Articulações com aparência inchada;
- Perda da capacidade de saltar ou pular normalmente;
- Animal manca bastante com uma ou as duas pernas traseiras;
- Dores irregulares que podem piorar com o frio;
- Parte do membro inferior vira em direção ao lado onde está luxada (medial ou lateral);
- Animal estica a perna para trás ao caminhar.
É importante que esse problema ortopédico seja diagnosticado ainda no início para que o tratamento seja efetivo.
Diagnóstico e tratamento
O principal meio de diagnóstico de um quadro de luxação de patela em cães é a palpação, realizada pelo médico veterinário. Semelhantemente, também é importante que esse diagnóstico clínico seja acompanhado por exames de raio-x. Dessa forma, há como observar com precisão os níveis de degeneração da região luxada e realizar uma averiguação completa da articulação coxofemoral do animal.
A única maneira de tratamento do problema é o cirúrgico, no qual a patela é recolocada em seu devido lugar, permitindo que o animal recupere seu apoio e mobilidade. Decerto, em dois meses após a cirurgia, o animal já está recuperado e liberado para voltar à suas atividades normais. Entretanto, existem alguns cães que para se recuperarem totalmente precisam de fisioterapia.
Como prevenir a luxação de patela em cães
A recomendação geral para evitar o problema é proporcionar ao animal hábitos mais saudáveis, para que ele não fique sedentário nem com excesso de peso, que é um dos principais fatores para desencadear o problema. Portanto, evitar traumas e saltos muito alto também ajudam na prevenção.
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Fontes: Cachorro Gato e Canal do Pet Ig