A área de reprodução vem se expandindo com o aperfeiçoamento do melhoramento genético em equinos. Através de técnicas altamente avançadas, é possível gerar animais mais resistentes, aprimorar determinadas características e conseguir mais sucesso na veterinária.
Trata-se da execução de métodos biotecnológicos para que os resultados da reprodução sejam satisfatórios no que diz respeito ao aprimoramento da raça e aos interesses mercadológicos. Isso é interessante pois o Brasil possui cerca de 10 milhões de cavalos e, com esse grande número de animais, crescem as buscas por investimento em reprodução e profissionais cada vez mais capacitados em equinocultura.
Neste artigo, conheça as técnicas e as estratégias mais relevantes para o melhoramento genético em equinos e os fatores que influenciam no êxito do programa.
Principais técnicas de melhoramento genético em equinos
Em primeiro lugar, existem quatro formas de fazer a reprodução de equinos visando melhorar geneticamente o potencial dos animais. São elas:
- Inseminação artificial
- Transferência de embriões
- Aspiração Folicular
- Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
A seguir, conheça detalhes sobre cada uma.
Inseminação artificial
A inseminação artificial (IA) é um método de melhoramento genético em equinos com grande sucesso na fertilidade do animal. Para sua realização, várias éguas podem ser inseminadas por um mesmo garanhão simultaneamente. Isso permite usar o sêmen desse macho para gerar um alto número de progênies. Entre os benefícios da IA, destacam-se as possibilidades de uso de sêmen fresco, resfriado ou congelado, evita o cansaço dos animais e permite aprimorar geneticamente a criação, uma vez que são usados animais com as principais características de interesse.
Transferência de embriões
A transferência de embriões (TE) envolve uma fêmea doadora de embriões e outras éguas que receberão. O uso desse procedimento se sobressai na reprodução equina, visto que envolve não só o garanhão de alto valor, mas uma fêmea com grandes vantagens do ponto de vista genético. Além disso, é possível ter mais descendentes anualmente, introduzir animais mais jovens ou mais velhos nesse ciclo de reprodução.
Aspiração folicular
Essa biotécnica de melhoramento genético em equinos também possibilita gerar animais superiores a partir da retirada de oócitos dos folículos da égua doadora. Para realização, o veterinário precisa acompanhar a égua e administrar os hormônios estimulantes necessários. O método requer uso de ultrassom para conduzir a guia e visualizar com precisão os folículos.
A aspiração folicular une-se à injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), que explicaremos a seguir, e forma um processo inovador com altos ganhos.
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides
Por fim, a ICSI escolhe os espermatozoides mais saudáveis para introdução no óvulo doado. A técnica in vitro usa uma agulha de grande concisão para a fecundação. É muito vantajosa haja vista a pouca quantidade de sêmen usado e o grande controle de fertilidade dos animais.
Embora seja um método recente e com maior valor, é fundamental que os profissionais busquem aperfeiçoamento, visto que a tendência é de cada vez mais aumentar a procura por ganhos genéticos.
Fatores de sucesso
Um dos principais fatores que influenciam no sucesso do melhoramento genético em equino é a capacitação profissional. Portanto, saber o funcionamento de cada etapa dos procedimentos apresentados, fazer treinamentos práticos e usar os equipamentos corretos são maneiras essenciais de assegurar a eficácia da técnica a ser usada.
Além disso, a realização em um ambiente higienizado e o controle sanitário do plantel são fundamentais. Cabe ressaltar que o veterinário precisa checar o ciclo estral e conduzir as fêmeas corretamente. O sêmen que será aplicado deve ter sido armazenado seguindo os protocolos para manter a qualidade dos espermatozoides em movimento.
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Fontes: Escola do Cavalo; Shop Veterinário; UOV; Compre Rural; Pubvet.