O Brasil é um dos maiores produtores mundial de milho. A primeira ideia é o cultivo do grão para atender ao consumo na mesa dos brasileiros, mas essa é a parte menor da produção. O principal destino da safra são as indústrias de rações para animais.
Nos últimos anos a cultura do milho vem alcançando ganhos fantásticos de produtividade, no Brasil. Principalmente, nestas duas ou três últimas safras, a cultura do milho, experimentou um novo patamar de produtividade, só antes alcançado por países considerados desenvolvidos e detentores de alta tecnologia, a exemplo dos Estados Unidos.
O avanço tecnológico proporcionado pelo desenvolvimento de híbridos com genética superior, passando por novas tecnologias como o milho Bt, serviços e informações disponibilizadas e ao profissionalismo dos agricultores na adoção de práticas de manejo que proporcionem maior nível de respostas e segurança aos híbridos atualmente comercializados é o que tem possibilitado esse avanço. Dentro deste contexto, tem sido fundamental, o papel das consultorias e profissionais da assistência técnica na difusão e avaliação das respostas oriundas do uso da combinação destas tecnologias.
De acordo com o Engenheiro Agrônomo Claudio de Miranda Peixoto um dos maiores desafios para as empresas de sementes e as que desenvolvem tecnologias para as lavouras era fazer acontecer no campo o que antes só acontecia nos ensaios. Era comum deparar e receber questionamentos de agricultores e profissionais da assistência com relação aos motivos pelos quais não conseguia obter nas lavouras os mesmos resultados em produtividade alcançados nos ensaios. A grande maioria tinha como resposta o fato de que em parcelas ou pequenas áreas era possível manter todos os fatores sob controle.
Um ensaio de pesquisa necessita de solo corrigido, plantio dentro da época ideal, plantio com qualidade de distribuição e quantidade de sementes, população de plantas uniformes até a colheita e em quantidade coerente com o híbrido e adequado com nível de fertilidade e condições de manejo e um bom controle de plantas daninhas e insetos. Em suma, planejamento e monitoramento do plantio até a colheita.
A adoção correta de algumas tecnologias tem possibilitado a aproximação ou igualdade dos resultados de pesquisa com os resultados de lavouras. Esse fato vem sendo percebido principalmente nesses últimos anos e a explicação está na combinação de fatores como:
· Desenvolvimento de uma genética superior fruto de um programa de melhoramento assistido pelo uso de marcadores moleculares cujos híbridos apresentam maior índice de respostas ao uso de tecnologias e práticas de manejo;
· A introdução de novas tecnologias como o controle de insetos por meio da tecnologia Bt, a exemplo do Herculex I, hoje, considerada pelos agricultores a tecnologia Bt mais segura e estável, pois, segundo testemunho dos mesmos, controla as cinco principais pragas da cultura;
· O uso de novas tecnologias como o tratamento industrial de sementes que conserva o stand da lavoura em número e qualidade das plantas submetendo-as a um menor estresse até a colheita. Isso proporciona melhores condições para cada planta individualmente responder ao ambiente e as práticas de manejo. É como cada funcionário da fábrica, no caso, as plantas de uma lavoura estivessem trabalhando na capacidade plena e em harmonia com as demais. Isso implica em todo um controle sobre o processo de qualidade;
· Máquinas e equipamentos de maior qualidade e precisão que aliados a uma mão de obra melhor qualificada permite realizar plantios cada vez mais uniformes;
· Agricultura de precisão que permite corrigir os solos no detalhe minimizando as possíveis interações negativas entre as plantas e o solo, elevando a resposta e expressão das plantas e possibilitando aumento de produtividade;
· A adoção de práticas culturais como: aumento da população de plantas e níveis equilibrados de nutrientes que propiciem uma maior resposta e expressão genética dos híbridos modernos disponíveis no mercado.
Toda esta complexa cadeia de geração, difusão e adoção de tecnologia só é possível graças ao planejamento das empresas do setor do agronegócio, em especial a do setor de sementes. As empresas de sementes, por meio de seus programas de melhoramento, rede de testes, capacidade de análise das informações e um trabalho crescente de parcerias com os órgãos de pesquisa, cooperativas, associações, fundações de pesquisa, consultorias e profissionais da assistência técnica, tem como foco principal o agricultor, transferindo maior segurança aos mesmos e acelerando o processo de adoção de todas estas tecnologias.
Autor: Claudio de Miranda Peixoto, Engenheiro Agrônomo e Diretor de marketing e Regulamentação da Pioneer Sementes.